"As portas da perçepção foram abertas, tudo passa a ser como realmente é: infinito". O efêmero passa a ser intenso, mais intenso do que nunca. A vida é vista no seu sentido pleno, nada se esvai a ela. Não há mais fim nem começo, a mentira confunde-se com a verdade, no fundo sempre foi o mesmo. E...O portal da mente é aberto...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

VEJA o que quero que veja 2

Em um post anterior (VEJA o que quero que veja) critiquei a revista Veja, por ser uma revista tendenciosa e defensora da elite brasileira.
Alguns meses se passaram, e pude perceber de perto a forma arbitraria de se fazer jornalismo (se é que assim podemos chamar o que é feito) da Veja.
Na edição desta semana (revista do dia 04/04/2010), foi publicada a matéria: "Pecados pouco originais"*, uma critica a expansão das universidades federais publicas no Brasil. Na reportagem, Roberta de Abreu Lima, contesta a localização destas universidades, por estarem em locais "distantes de sua clientela potencial". Além de julgar como ruim, com dados equivocados, a qualidade de ensino das instituições.
No texto são citadas algumas universidades federais criadas recentemente, inclusive a UFRB (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) da qual sou aluno do 1º semestre de Comunicação. Ao analisar a instituição, a autora se restringiu a apenas um campus, o de Cruz das Almas, e julgou que a cidade não tinha “densidade educacional para abastecer de alunos uma universidade” Portanto fotografou uma sala praticamente vazia para justificar a suposta “ociosidade de vagas”
Esqueceu-se ela (ou melhor, ignorou) que Cruz das Almas não é o único campus da UFRB. São 4 campus em cidades diferentes do recôncavo (Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas e Santo Antonio de Jesus), demonstrando total falta de informação, ou interesse em tê-las. Como aluno da universidade, eu e tantos outros sabemos que não há ociosidade de vagas.
Fato é que a Veja, como boa parte da mídia brasileira, atende aos interesses de nossas elites, afinal o empresariado é quem manda nos meios de comunicação de massa. Portanto não se torna interessante a multiplicação do ensino superior publico, que por muito tempo foi restrito a uma certa "clientela potencial" (como diria minha cara Roberta Lima),pois apesar de receber o pomposo titulo de universidade publica, excluía (e ainda exclui) parcela considerável da sociedade.
A monopolização da informação é uma das diversas formas que a elite usa para alienar as camadas sociais mais carentes, restringir a educação significa a não formação de seres capazes de contestar sua situação social.

*Reportagem "Pecados pouco originais":
http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2010/4/4/novas-universidades-federais-velhos-problemas
Replica da UFRB:
http://www.ufrb.edu.br/portal/index.php/administracao/ufrb-recebe-manifestacoes-de-apoio-contra-as-distorcoes-da-revista-veja



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...