"As portas da perçepção foram abertas, tudo passa a ser como realmente é: infinito". O efêmero passa a ser intenso, mais intenso do que nunca. A vida é vista no seu sentido pleno, nada se esvai a ela. Não há mais fim nem começo, a mentira confunde-se com a verdade, no fundo sempre foi o mesmo. E...O portal da mente é aberto...

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Som livre?





A industria fonográfica vem sofrendo grandes mudanças nos últimos anos, há quem diga que ela está passando por uma grande crise, gerada sobretudo pela Internet. Fato é, que a forma de consumir musica, além de outros bens culturais, atualmente é bem diferente de tempos atrás, devido ao surgimento de novas tecnologias.
Antes da popularização da
internet, a comunicação em si, não era tão fácil como atualmente, e a produção de musica seguia uma certa trilha refém dos monopolios das grandes gravadoras. Os artistas passavam por uma "odisseia" para poder produzir sua musica. Hoje, com a grande rede, encurtaram-se os caminhos, e o cenário da musica independente cresce cada vez mais, entretanto, as gravadoras negam-se a se adaptar ao novo mercado.
A empresa fonográfica culpa a
internet pelas quedas no faturamento, acusando-a de propagação da pirataria, porém o que acontece é totalmente o contrario, a possibilidade de trocar arquivos virtualmente evita a comercialização ilícita destes, além do que essa troca acontece desde do tempo das fitas. A internet apenas inovou essa relação já existente.
A pressão dos empresários da musica está repercutindo no senado, e o senador Eduardo
Azeredo criou um projeto de lei que criminaliza os usuários da internet que trocam arquivos, se aprovado, esse projeto vai por um fim num dos grandes benefícios da internet, que é a democracia para se consumir cultura. A industria hegemoniza e privilegia certas classes ao vender CD´s, livros, por preços que não fazem parte da realidade da maioria dos brasileiro.
Os artistas que estão surgindo em meio a esse fervor
informacional, e até mesmo os mais antigos, vêem na internet uma alternativa para se "alforriar" do status quo da industria cultural. Bandas internacionais como Arctic Monkeys fizeram fama graças a internet. Outro exemplo de banda que inovou na forma de vender musica foi a banda inglesa Radiohead, que utilizou o download remunerado para vender o seus discos. O fã decide quanto pagar para ter a musica do seu artista.
No Brasil este é um cenário que cresce cada dia mais, e uma das principais bandas que encabeçam o movimento da musica livre é O Teatro Magico*, um
projeto que consegue se auto-sustentar, mesmo disponibilizando todas suas musicas para download gratuito já conseguiram vender mais de 180 mil CD´s, que são vendidos a preços acessíveis para a população. Fernando Anitelli, vocalista do Teatro Magico, é o principal ativista e idealizador do movimento MPB (Musicas Para Baixar).
Está mais do que claro que é necessário uma mudança no jeito de se vender musica, no entanto infelizmente as grandes gravadoras preferem continuar no velho padrão musical ultrapassado, explorando muitas vezes o artista e o consumidor. E enquanto permanecer dessa forma vão continuar a perder espaço para os
internautas que eles consideram piratas, apenas por quererem som livre.






* O teatro magico disponibiliza todas sua musicas para download no site da banda www.oteatromagico.mus.br
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