Certa vez parei... pensei...e pensei...E me perguntei o por que desta insistência de nós humanos em pensar, em deixar de lado o que temos de natural e espontâneo.
Vivemos uma racionalização excessiva de tudo a nossa volta, fenômeno que não ocorre apenas no mundo ocidental como propôs Max Weber a alguns séculos. Hoje tudo segue preceitos que não de fato “humanos”. Sentimentos estão cada vez mais em baixa na bolsa de valores chamada vida, são vendidos a cifrões.
O homem teve a arrogância de se posicionar acima de outros animais por ter a faculdade de pensar, e hoje sofre as conseqüências de ser tão racional. Precisamos ser mais “humanos”, “ser essência muito mais”, afinal deixamos diversas vezes de viver e ser felizes por sermos demasiadamente racionais.
Estamos nos tornando reféns do tempo, perdemos o controle sobre ele. Vêem-se cada vez mais pessoas com o que chamam de depressão, mas como diz Patch Adams, não passa de solidão e falta de amor.
A internet toma conta de nossas vidas e esquecemos o corpo a corpo, as inter-relações são cada vez mais virtuais. As coisas passam, e o homem mais do que nunca perdeu o controle sobre seu próprio rumo, se ver discutir de economia, de política, mas não se fala da vida, não apenas nossas vidas, mas a vida que nos cerca e que com a insaciável sede de poder destruímos mais e mais.
A vida não deve ser regida apenas pela razão, afinal ela é previsível, por que viveríamos se estivéssemos fardados a ser o quadrado da hipotenusa. Temos que ser cinco mesmo sendo resultado de dois mais dois, isso é o que nos faz mais humanos e menos maquinas.